A economia mundial está em crise, os mercados pouco conseguiram se aquecer, depois do ápice da pandemia Covid-19. Veio então, a invasão da Rússia a Ucrânia e desestabilizou ainda mais o cenário econômico mundial. A globalização tem esses revezes, diante de um cenário mais simplista na compra de produtos de outros países, acabamos nos tornando reféns quando uma situação destas acontece. Não iremos nem comentar aqui a brutalidade na quantidade de mortos, civís inclusive, e a estratégia usada nesta invasão. Vamos falar de economia, quando a receita é pouca e temos que rebolar para administrar nossas casas, em tempos de crise.

Cenário brasileiro

Brasileiro é muito criativo em termos de crise. Descobrimos dentro de nós um empreendedor nato ou ainda um economista phd que consegue dar um jeito nas contas, mesmo quando o salário não tem mais o poder de compra como antes. Mas vamos combinar, os índices de aumento aqui no Japão e os anúncios dos aumentos, são feitos de uma forma completamente diferente do Brasil. Enquanto lá descobrimos os aumentos nos pontos de venda, aqui no Japão há um aviso prévio de normalmente 30 dias de antecedência.

E o que dizer do combustível? Em março desse ano, a Petrobras reajustou em cerca de 24% os combustíveis no Brasil, e agora em junho aumentou mais 5% na gasolina e 14% no diesel… e você lembra como é? Anunciou, dia seguinte os postos todos aumentam o valor. Por aqui, o governo, mesmo com valor do barril aumentando, ainda consegue através de subsídio, conter o aumento para o consumidor final, que girou em torno de 10%, cerca de ￥1,80 por litro. Para se ter uma noção, o subsídio do governo que no início do ano era de ￥17,70 por litro, passou a ser ￥25 e agora em ￥38,80.