O Japão não pode envelhecer

O Japão já vive uma preocupação crescente, sobre o envelhecimento de sua população, e seu relativo déficit na balança, de contribuição e pagamento da previdência social. O governo já há alguns anos vem implementando mudanças nos sistemas de pensões, assistência médica e de enfermagem. Inclusive, a melhoria do sistema de assistência infantil, é outra questão que está sendo abordada.

Além do subsídio para as crianças, o governo fará todo o esforço possível para fornecer um serviço completo de assistência infantil, eliminando as listas de esperas para pré-escola e integrando jardim de infância e berçário. Uma das soluções encontradas é o incentivo para que as famílias, que vivem no Japão, queiram ter mais filhos. Para se ter uma noção, a população atingiu seu pico em 2008, e diminuiu desde então devido às baixas taxas de natalidade, para cerca de 125 milhões no ano passado.

Bebês na balança contra o envelhecimento

Todas alternativas estão sendo abordadas, para que mais famílias se formem. Veja que o Japão já investe, inclusive desde 2021 em inteligência artificial, para que os japoneses encontrem seu par perfeito, aproximando os casais. Mas sabemos que o problema vai além, de vencer a timidez e a falta de oportunidade de encontrar alguém, está ligada a limitação econômica dos jovens, e a vontade de formar uma família.

Verdade que existe o subsídio financeiro, para que as famílias possam crescer de forma ordenada. Esses subsídios são realizados pelas províncias, e seus valores e normas, mudam de prefeitura para prefeitura. Claro que o valor se trata de um subsídio apenas, e não como um sustento completo. Existe subsídio médico, educacional e até alimentar, com depósito feito regularmente. Temos por exemplo províncias, que dão o direito de receber o valor em dinheiro, pelo nascimento de seu filho, e ainda há uma concessão de subsídio educacional, feito num outro montante.

Para o estrangeiro que chega ao Japão, ou numa nova cidade, as ajudas para crianças também são aplicadas. Ao se dirigir à sua nova prefeitura, ele irá recebe todas as informações baseadas na formação de sua família. Basta apresentar toda a documentação exigida pela prefeitura.

Trabalho imigrante, solução para ampliar a população ativa

Outra solução é o trabalho imigrante, para compensar sua população ativa cada vez menor, causado pelo envelhecimento da populacão. Em último levantamento realizado, são 1,72 milhão de trabalhadores estrangeiros, representando 2,5% da força de trabalho.

Há um estudo apresentado no início de fevereiro de 2022, por uma Think Tank (instituição que se dedica a produzir conhecimentro sobre temas políticos e econômicos), juntamente a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). E o grande dado é, que o Japão deve aumentar o número de trabalhadores estrangeiros para 6,74 milhões até 2040, afim de sustentar o crescimento econômico médio anual de 1,24%.

O estudo também ressaltou que, o Japão perderia mais de 10% da sua força de trabalho nas próximas duas décadas. E a pressão aumantou para abrir as fronteiras, e a escassez de trabalhadores levou o governo a criar novas categorias de vistos. Certos de que metade desses trabalhadores em questão, virão da China e Vietnã. Mas especialistas já apontam Camboja e Mianmar, como lugares de onde os imigrantes virão, e aumente expressivamente nas próximas duas décadas.

Miscigenação, uma quebra de paradigma

A questão dos trabalhadores estrangeiros é muito sensivel ainda, no Japão, onde a homogeneidade étnica ainda é muito valorizada. Então a situação está longe de ter um saldo positivo sobre todos os pontos de vistas, e irá ser definida conforme direcionamento do governo.
Para os brasileiros, ainda nada mudou, mas a expectativa é grande, em relação aos vistos de yonsei (quarta geração de descendentes). Enquanto isso não acontece, se você é descendente de japonês e está no Brasil, tem vontade de vir para o Japão trabalhar, veja as opções que temos para apresentar.

Fontes:

BBC
Embaixada Japonesa
Mundo Nipo

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