Gene do cecê e os desodorantes no Japão

Quando chegamos no Japão, percebemos que existem poucas opções de desodorantes, se comparados ao mercado brasileiro. Isso tudo tem uma explicação, o gene do cecê! O gene em questão, se identifica através do código ABCC11. Coincidência ou não, ele tem CC no nome. 😉

Origem do cecê

O apelido do mau cheiro corpóreo, não veio do código genético, mas sim de uma propaganda de um sabonete da década de 1940, que prometia acabar com o cheiro do corpo, grafado só com a letra “c” duplicada. Nascendo assim o apelido cecê, ou na variável cê-cê.

A diferença entre etnias e os desodorantes

Claro que todas etnias transpiram, mas os asiáticos exalam menos cheiro, ou como caso dos coreanos e chineses não exalam cheiro algum em seu suor, conforme estudo publicado pela revista Nature Genetics. E isso se comprova nas prateleiras dos mercados locais. Quase não se tem desodorantes para vender na Coréia ou China, deixando os turistas perplexos.
No Japão mesmo não sendo 100%, o suor deles tem cheiro menos forte. E os desodorantes são mais fracos que os brasileiros, por exemplo. E os tipos ainda são sazonais, como por exemplo, no inverno o tipo spray quase desaparece das prateleiras, dando lugar a cremes, rollon e sticks.

Explicação científica

O gene ABCC11 não é exclusivo das axilas, ele codifica uma proteína que transporta moléculas através da parede das células, atingindo não só o suor, mas de uma forma bem breve, explicamos aqui, que definem por exemplo se sua cera de ouvido é umida ou seca.
Para as pessoas de cera seca, as axilas não excretam o composto, que ao ser metabolizado pelas bactérias da sua pele, gera o mau cheiro. 97% dos europeus e africanos, tem um tipo de ABCC11, quanto os coreanos, só 0,006%. Taí a causa do cecê e a sorte de não tê-los!

“Quando as pessoas são AA homozigotas, elas produzem muito menos suor apócrino (precursores do odor do corpo) e são muito menos propensos a desenvolver mal cheiro pelo corpo. Não importa se o microbioma está presente, porque os causadores do mau odor não estão presentes”, explicou Cris Callewaert (pesquisador da Universidade de Ghent, na Belgica) à BBC Brasil.

Fonte: G1 e Superinteressante

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