O Japão mudou em mim
Vários comportamentos ocidentais, aos poucos vão se perdendo, conforme a vida vai passando no Japão. Aqui a gente já abordou, sobre o que mais estranhamos ao desembarcar no Japão, mas hoje vamos falar sobre o que o Japão mudou em cada um de nós. Fizemos uma breve pesquisa sobre o assunto com nossos usuários do Instagram e o resultado foi muito bacana.
Algumas abordagens foram dadas como opção, como a forma de dirigir sendo mais cordial e tranquila, a forma de vestir, mostrando menos partes do corpo ou até mesmo forma de cozinhar, usando mais pratos prontos. Daí veio um mar de informações de nossos usuários, como melhor qualidade do ar, engolir sapos, sentir-se depressivo, andar com celular na mão sem medo, não jogar lixo na rua e o top aqui na redação foi: respeitar as filas! E é bem verdade, atos simples como respeitar o outro e seu espaço é maravilhoso, e ao mesmo tempo tão possível de ser feito em qualquer lugar. Não precisaríamos estar do outro lado de nossa terrinha amada para agir diferente.
Como diz o ditado “Em Roma, aja como os romanos”. Uma forma de tornar nossa presença agradável e menos agressiva aos olhos e ouvidos orientais. Mas não precisamos deixar de lado nossa essência, apenas polir o diamante, lembrar sempre que estar ativos e em sociedade faz bem! Para saúde física e mental. A segurança nas ruas orientais, inclusive contribui para termos uma vida mais ativa e a qualidade do ar, então, só contribui! Bora aproveitar.
Muito mais que geografia, cultura!
A moda no Japão, com seus tecidos hightechs onde se usa manga comprida até no verão. Aos poucos surge um bracinho ou perninha de fora, mas o bonito aqui é ter a pele alva, longe dos raios UVA/UVB do sol. A praia no verão que nos defenda, pois para nós ocidentais ir à praia sem um bom biquini é um desperdício, afinal a gente gosta mesmo de um bom bronzeado. Fácil mesmo é identificar quem é estrangeiro na praia.
Não jogar o lixo na rua, já devia ser um hábito nosso desde sempre. Bem como o respeito as filas. Quem nunca ficou bravo por ter um espertão, furando a fila, quando os demais, pacientemente aguardam sua vez? São atitudes que devemos levar pra vida toda! O que dizer dos itens que as pessoas perdem na rua, e são deixados ali, aguardando seu dono resgatá-lo? O que não for seu, respeite e deixe ai. Mas ao invés disso, no Brasil vale o “achado não é roubado”. Ponto pra tristeza. 🙁
Várias atitudes no Brasil, ligadas a esse tipo de esperteza são culturais, tenho esperança que aos poucos isso vá mudando. Para uma cultura de respeito e tolerância com o outro.
Cozinha fácil e o bento de todo dia no Japão
A rotina das casas com jornadas mais extensas de trabalho, (afinal tem gente gosta mesmo, é de zangyo), chegar em casa e ainda fazer pratos muito elaborados, é uma tarefa árdua. E ainda mais pela quantidade de pratos prontos ou pré-prontos que encontramos por aqui. É uma infinidade de pratos só aguardando ser aquecidos, ou mesmo vários tipos de mise en place – palavra francesa que significa os ingredientes já prontos para cozinhar, já descascados, fatiados, peneirados, medidos, prontos para cozinhar. E como não mencionar os sachês de caldos, cubos de temperos e pastinhas, que dão um toque todo especial aos pratos. O que me deixou mais tranquila aqui no Japão, foi saber que o Japão ainda usa a tabela nutricional de 2015, consideradas mais nutritiva, e ainda considerando valores mais enxutos de gorduras e açucares. Isso significa comer pratos pré-prontos mais saudáveis, dos que temos nos mercados no Brasil.
E vamos encerrar a matéria falando abertamente sobre nossas marmitas. No Brasil, uma pesquisa publicada recentemente, 60% dos brasileiros preferem levar marmita para o trabalho, por conta da alta da inflação e preços em geral. Por aqui o número deve girar em torno disso, porque realmente a rotina é muito cansativa e os preços dos bentos deixam a gente muito a vontade em fazer essa opção.
Ter um refeitório com valor baixo, comida sempre fresquinha é bom demais. Temos algumas vagas de emprego, onde você pode aproveitar esse benefício, dá uma conferida! Tem fábrica que dispõe de lojas de conveniências (kombini) com auto atendimento e algumas com até produtos brasileiros. Lembre-se de verificar com a fábrica sobre o lixo orgânico, pois o normal é não ter lixo comum nas fábricas. Então o ideal é você levá-lo com você para dispensar em casa.
Fonte: G1